Ladrão invade casa de veraneio e estupra turista na frente do marido e quatro filhos

CASO ACONTECEU EM UMA RESIDÊNCIA NA PRAIA DE PAÚBA, NO LITORAL NORTE, NA MADRUGADA DE SEGUNDA-FEIRA (28). CRIMINOSO, QUE JÁ TINHA PASSAGENS, FOI PRESO PELA POLÍCIA

Em uma das praias mais bonitas de São Paulo, uma família de turistas passou por momentos de terror. Um assaltante invadiu a residência de veraneio na qual ela se hospedava e estuprou a mulher que lá estava. A violência sexual aconteceu na frente do marido e dos quatro filhos do casal.

As crianças são dois gêmeos ainda bebês, um menino de 9 anos e outro de 13. Autor de homicídio no Espírito Santo, o ajudante de pedreiro Wilson Arantes Bahia, de 28 anos, se identificava como “Rafael” e foi preso em flagrante por policiais do 2º DP de São Sebastião.

O crime teve início por volta da 1h de segunda-feira (28). Armado de faca, Wilson invadiu a casa, na Praia de Paúba, em São Sebastião. As vítimas são do Interior e se encontravam no local desde a manhã de sábado.

Inicialmente, o criminoso rendeu o chefe da família, de 43 anos, e o filho mais velho dele, que assistiam televisão. Depois, ele exigiu que fosse levado ao quarto onde a mulher, de 42 anos, dormia com as demais crianças.

Sob a ameaça de “picar” os bebês e “furar” todo mundo, Wilson estuprou a turista e depois se apoderou das alianças do casal e de dois celulares. Ele também pegou cartões de crédito e obrigou toda a família a acompanhá-lo a caixas eletrônicos para realizar saques.

Para amedrontar ainda mais a família, o marginal dizia que já havia matado um homem naquela mesma casa de veraneio, durante roubo, porque a vítima reagiu.

Sob esse clima de tensão, o turista do Interior dirigiu o seu veículo para Wilson. Circulou por Boiçucanga, Centro de São Sebastião e até pela cidade vizinha de Caraguatatuba. Durante o trajeto e na volta ao imóvel, o acusado estuprou mais três vezes a mulher.

Investigação

Informada sobre o crime durante a manhã, a equipe do delegado Alexandre Bertolini e do investigador Ricardo Marques saiu a campo. Ela descobriu que a casa de temporada foi invadida através de um imóvel que fica nas imediações.

Nesta residência estava o proprietário Johnny Lima Ferreira do Prado, de 19 anos. Questionado pelos policiais, o jovem informou que o “tio Rafael” ali mora e não dormiu em casa, onde chegou por volta das 5h pulando o muro dos fundos. O suposto parente não estava no local.

Entre os objetos de Rafael foram achadas as alianças dos turistas e uma pistola de airsoft. As vestes que ele usou durante o crime foram apreendidas dentro da máquina de lavar roupas.

Com base em informações prestadas por Johnny, os investigadores encontraram “tio Rafael” no canto esquerdo da Praia de Paúba, no local conhecido por rancho dos pescadores.

“Rafael” afirmou que o seu verdadeiro nome é Wilson. Ele justificou a falsa identidade por causa do crime cometido no Espírito Santo e revelou aos investigadores que guardou em uma gaveta na casa de Johnny a faca usada no roubo e estupro. O utensílio utilizado como arma foi achado no lugar indicado.

Johnny demonstrou surpresa ao saber que Rafael, na realidade, chama-se Wilson. Depois, o jovem esclareceu que o acusado é namorado da sua tia e o conhece há cerca de dois anos.

Em 31 de outubro de 2017, a menos de dois meses de completar a maioridade penal, Johnny atropelou Isabel Cristina Siqueira Rodrigues, de 18 anos, e o sobrinho dela, de apenas 2. As vítimas morreram.

O acidente aconteceu na Avenida Waldemar Leão, próximo ao túnel Rubens Ferreira Martins, no Jabaquara, em Santos. O então adolescente dirigia um Audi A3. A Vara da Infância e da Juventude lhe aplicou medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de seis meses.

Linchamento

No momento da detenção no rancho dos pescadores, populares que estavam no local e souberam do roubo e estupro começaram a agredir Wilson.

Os policiais tiveram que levá-lo rapidamente à delegacia para evitar a consumação do linchamento. Wilson foi autuado em flagrante pelo delegado Bertolini por estupro e roubo qualificado pela privação da liberdade das vítimas, popularmente conhecido como sequestro-relâmpago.

Segundo o marginal, a sua intenção era apenas assaltar, mas praticou a violência sexual porque estava sob o efeito de álcool e drogas.

FONTE: A TRIBUNA