O deputado estadual Tenente Coimbra protocolou um requerimento à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo cobrando esclarecimentos sobre a diferença nos valores de repasse de verbas estaduais para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, em relação a outras instituições regionais.
Segundo dados repassados pelo prefeito de Guarujá, entre 2011 e 2018, o Hospital Santo Amaro recebeu do Estado o total de R$ 49.642.213,00 por meio do programa Pró-Santa Casa. No mesmo período, o Irmã Dulce, de Praia Grande, recebeu R$ 139.599.747,00 e a Santa Casa de Santos, R$ 105.581.632,00. O Emílio Ribas, também em Guarujá, recebeu repasses de R$ 56.369.950,00 entre 2015 e 2018. Já o Hospital dos Estivadores, de Santos, supera o valor de R$ 200 milhões para obras ou custeio.
Em 2018, o Santo Amaro somou 8.182 internações e recebeu R$ 9.983.458,80 em verbas estaduais, enquanto, no mesmo ano, hospitais como Emílio Ribas tiveram o repasse de R$ 18.590.000,00 com 794 internações, e o Irmã Dulce, com 9.782 internações, obteve a quantia de R$ 19.582.276,60 do Estado.
“É nítida a injustiça e o descaso do Governo do Estado de São Paulo com a nossa Baixada Santista e, principalmente, com o Guarujá. Vamos cobrar e fiscalizar para que o repasse seja feito de forma justa e adequada para que o hospital continue prestando um excelente atendimento à população”, afirma.
Além das verbas regionais, o levantamento mostra que existe um problema nos recursos da Capital. Conforme a lei, o Estado pode ficar com 30% do Sistema Único de Saúde (SUS) por ano. No entanto, São Paulo fica com 15% a mais desse total anualmente, que representa R$ 1,5 bilhão, valor que deveria ser administrado pelos municípios.
“O governador atribuiu à Baixada Santista e ao Vale do Ribeira a classificação vermelha com a incoerente justificativa de problemas de infraestrutura nos hospitais, visto que não houve investimentos para a construção de leitos de UTI em algumas regiões. Não vamos mais admitir que a população sofra por conta da irresponsabilidade do governo paulista com a saúde”, diz.