A CPI é fruto da ação do Supremo Tribunal Federal, que obrigou o Senado a instaurar o processo. A comissão “investiga” ações e omissões do governo na pandemia e suspeitas de irregularidades na aplicação de recursos federais por estados e municípios.
Chega a ser ridículo o esforço dos inquisidores da CPI para “provar” que o Presidente Bolsonaro é o responsável pelas mortes causadas pela Covid, no Brasil. Os seus membros, presidente, relator, vice-presidente e especialmente os dois primeiros, com folha corrida “invejável” de boas práticas, ao longo de seus anos como governadores ou parlamentares, amplamente conhecidas dos Tribunais de Justiça e do povo, já estão em plena campanha eleitoral. Como sempre a chamada “grande mídia” dando cobertura diária e parcial de toda essa palhaçada eleitoral.
A ética na política tem uma dinâmica muito diferente de outras relações cotidianas. Não que isso seja uma virtude, mas ignorar o fato é de extrema inocência e a história tem mostrado que não há espaço para isso. A CPI da Covid, no entanto, extrapola qualquer limite. Toda encenação montada não é digna sequer para um canastrão. A vergonha alheia é exercitada na raiz do significado da palavra. O circo montado para se investigar os culpados pelas mortes por coronavírus chega a ser patético.
O deputado federal Luis Miranda, acusado pelo representante comercial da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, de tentar intermediar a compra de vacinas, entrou na sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (1º) para falar com com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), causando um grande tumulto, alguns Senadores chegaram a questionar se era algum tipo de ameaça o que estava acontecendo na conversa.
Após o tumulto gerado pela presença de Miranda na CPI, Omar Aziz tentou colocar panos quentes e pediu calma aos senadores.
Notem o nível desta CPI, um acusado entra na sessão para “afrontar” toda comissão e o presidente não faz nada!
Sobre os prazos, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente e relator da CPI da Covid, cobraram que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirme a prorrogação dos trabalhos da comissão. Um requerimento nesse sentido já foi apresentado, com 34 assinaturas — sete a mais do que o necessário.
A CPI foi instalada em 27 de abril, com prazo de 90 dias. Se não for prorrogada, a CPI poderá funcionar no máximo até o dia 7 de agosto, caso o Senado entre em recesso, ou até a última semana de julho, caso ele não ocorra.
Esta prorrogação tem apenas uma missão, tentar manchar a imagem do presidente Bolsonaro a todo custo e quanto mais próximo das eleições, melhor para eles. Mas tenho certeza que a verdade prevalecerá e os verdadeiros vilões aparecerão.
Matéria original: A Tribuna