A cidade de Sorocaba deverá contar com a primeira escola cívico-militar do estado de São Paulo, por meio do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa. O anúncio foi feito pelo deputado estadual Tenente Coimbra (PSL) em suas redes sociais após o município de Campinas, que havia sido escolhido no ano passado para receber o programa, ser descartado.
A opção de não prosseguir com a cidade campineira aconteceu após o vereador Gustavo Petta (PCdoB) entrar com uma ação alegando que foram burlados alguns processos e o Ministério da Educação (MEC) descartar a inclusão do município. “O vereador fez uma alegação mentirosa, pois seguimos todos os passos indicados pelo MEC para que a escola fosse implementada. Fizemos diversas audiências e reuniões com as autoridades e a população local, na Câmara Municipal e na escola Odila Maia Rocha Brito, que receberia o programa”, explica o Tenente Coimbra.
O processo fez com que o Ministério Público suspendesse as audiências e a votação para confirmar a escola escolhida. O parlamentar afirma que sua equipe foi até Campinas para conversar com o Corpo Jurídico da Prefeitura, na tentativa de derrubar a liminar, mas não obteve o apoio necessário. “Eles não demonstraram a força política necessária para darmos o prosseguimento no projeto e foram postergando qualquer ação. Com isso, o Ministério da Educação decidiu descartar a cidade, pois precisa executar o programa dentro do estado de São Paulo ainda neste ano”, pontuou o deputado.
O MEC optou por Sorocaba como a nova cidade que receberá uma escola cívico-militar. “Logo após o anúncio, já entrei em contato com a prefeita Jaqueline Coutinho, que é delegada de polícia, e ela demonstrou muito interesse”, disse Coimbra. “Ela inclusive já solicitou e está fazendo todo o tramite necessário junto à Secretaria da Educação do município para viabilizar a primeira escola deste modelo no estado. Eu vou acompanhar todo o processo para que tudo se concretize ainda em 2020”, completou.
O deputado explica que o próximo passo será o anúncio da escola selecionada para receber o programa, que dará mais “qualidade para os alunos estudarem e segurança para toda a comunidade”. Além dos militares que entram para cuidar da segurança e disciplina, a escola receberá o investimento R$ 1 milhão para reformas e reestruturação.
Segundo o Tenente Coimbra, numa reunião em que ele esteve no PECIM, em Brasília – cerca de uma semana antes do início da pandemia, foi dito que as próximas cidades contempladas com o programa nacional serão anunciadas no fim deste ano.
A expectativa é que São Paulo tenha mais duas escolas do modelo: uma na Baixada Santista e uma no Vale do Paraíba. “Provavelmente em Santos, São Vicente ou Guarujá e a outra em Lorena ou Taubaté. Sem contar a cidade de Ribeirão Preto, que também está lutando para entrar no projeto”, afirma. “A luta continua mesmo neste momento de pandemia, pois quando voltarmos à normalidade, precisaremos de uma educação eficiente para nossas crianças e a escola cívico militar é um modelo disso”, conclui.