Slava Ukraini: a resistência ucraniana também vem dos civis

A população civil jamais se acovardou e literalmente foi armada para a trincheira lutar uns pelos outros. É de arrepiar.

Sucessivas ameaças estavam sendo realizadas por parte do presidente Putin. Mas infelizmente tais riscos estão transformando-se em mortos, feridos e estimularam a fuga da população para outros países. A resistência ucraniana não vem somente das forças armadas mas também dos civis, os quais estão dando exemplo de força na defesa de sua nação.

Desde novembro de 2021, a ONU e lideranças políticas têm debatido as ameaças de invasão da Rússia. Existe uma intensa discussão que envolve herança histórica e cultural e lembra conflitos da época da Guerra Fria.

Historicamente a Ucrânia tem passado por inúmeros conflitos, e em todos demonstrou enorme resiliência algo que vem fazendo toda a diferença diante do poder de fogo de seus inimigos. Em todos os episódios a população civil jamais se acovardou e literalmente foi armada para a trincheira lutar uns pelos outros. É de arrepiar.

Para efeitos de curiosidade quero mostrar a você leitor a abissal diferença entre as forças armadas ucranianas e russas: 4,1 bilhões de dólares foi o orçamento militar da Ucrânia no ano de 2021, enquanto que para as forças russas Putin destinou cerca de 45 bilhões de dólares. Já quando falamos em tropas ativas a Rússia possui 840 mil soldados, enquanto a Ucrânia 219 mil homens. Sobre aeronaves de combate a Ucrânia detém 170 enquanto a Rússia tem em seu poder 1212.

Ou seja, quando lembramos sobre o poder de fogo que cada nação possui é notória a impressionante força russa. Mas a enorme resistência ucraniana tem me impressionando muito também, ainda mais quando eu vejo notícias falando sobre civis dispostos a enfrentrem o que necessário for para mostrar ao mundo do que são capazes.

Considero um enorme erro por parte da Rússia declarar guerra em um momento extremamente delicado, já que devido a pandemia que ainda vivenciamos a economia ucraniana foi uma das mais afetadas de toda a Europa, o que faz por consequência limitar maiores orçamentos para investimentos em defesa. Soma-se a isso as inúmeras vidas perdidas para a COVID-19, ainda tantas outras estão sendo perdidas e feridas, famílias mais uma vez sofrendo em um momento em que tentavam se recuperar inclusive psicologicamente. Tudo o que menos precisamos neste momento é de uma guerra. O mundo clama por paz e resolução de conflitos pelas vias diplomáticas.

Matéria original: A Tribuna