Um reajuste dos preços nos pedágios do Estado de São Paulo foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) nesta sexta-feira (25). Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o reajuste de 8,05% foi baseado na correção da inflação pelo indicador econômico IPCA, entre junho/2020 e maio/2021.
Desta forma, os preços irão aumentar de forma considerável. Os novos valores serão cobrados a partir da próxima quinta-feira (1º).
Com a mudança, o pedágio Riacho Grande/ Piratininga (KM 31 Anchieta/ KM 32 Imigrantes) terá o preço de R$30,20. O valor atual é de R$28,00.
Na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, km 250, em Santos, o valor atual é de R$ 13,00. Com o reajuste, ele passa a valer R$14,20.
Já na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, km 280, em São Vicente, o pedágio cobrado atualmente é de R$7,60. Desta forma, o novo valor é R$8,20.
Em apuração com o ATribuna.com.br, a Artesp informou que a autorização para o reajuste contratual anual das tarifas de pedágio vale para as rodovias administradas pelas 17 concessionárias (veja abaixo) pertencentes às três primeiras etapas do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo a partir de 1º de julho.
Além disso, o reajuste da concessionária Entrevias também foi autorizado e entrará em vigor na semana seguinte, no dia 6 de julho. A atualização da tarifa segue os critérios contratuais regulados pela Artesp.
As concessionárias da primeira etapa são: CCR Autoban, AB Colinas, Ecovias, Intervias, Renovias, CCR SPVias, Tebe, AB Triângulo do Sol e CCR ViaOeste. Na segunda etapa, pertencem as concessionárias: CART, Ecopistas, CCR RodoAnel, Rodovias do Tiête, Rota das Bandeiras, SPMar e ViaRindon. Além destas, Tamoios (terceira etapa) e Entrevias também terão os valores atualizados, segundo as previsões contratuais.
As cinco praças da concessionária Eixo – SP, portanto, já tiveram os valores reajustados no início de junho.
Localizadas na região de São Carlos, as 11 praças da ViaPaulista não irão sofrer alterações nos valores neste momento, pois os prazos contratuais são diferentes das demais concessionárias.
Devido à pandemia de covid-19, os reajustes tarifários de 2020 foram adiados por cinco meses. Desta forma, os valores foram alterados apenas no dia 1º de dezembro.
Porém, como serviço essencial, nenhuma obra foi paralisada pelas concessionárias e todas as atividades operacionais como manutenção, atendimento ao usuário e prestação de socorro permaneceram. Além disso, as concessionárias também realizaram campanhas e ações educativas de orientação contra a doença para reforçar a importância de evitar viagens desnecessárias.
Aos caminhoneiros, foram distribuídos mais de 63 mil adesivos eletrônicos para pagamento automático de pedágio (TAGs), 261 mil kits higiene, 313 mil kits alimentação e aplicação de mais de 6,2 mil vacinas H1N1.
O cálculo das tarifas de pedágio utiliza o conceito de tarifa quilométrica, ou seja, corresponde a um valor fixo por quilômetro multiplicado pelo trecho de cobertura da praça que varia em função da categoria das rodovias e dos tipos de veículos.
Segundo a Artesp, das 20 melhores rodovias do Brasil, 17 integram o programa de concessões paulista. A cobrança das tarifas de pedágio, portanto, contribui para que melhorias sejam executadas na malha.
Desde o início das concessões, a receita dos pedágios viabilizou mais de R$137 bilhões em investimentos com mais de 30 milhões de atendimentos aos usuários – entre socorro médico e mecânico -, 27 mil empregos diretos e indiretos e R$6,2 bilhões de ISSQN – imposto que incide sobre a tarifa de pedágio – foram repassados aos municípios lindeiros para investimento em áreas que as prefeituras consideram prioritárias.
Matéria original: A Tribuna