Uma professora grávida de 5 meses registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido agredida por uma aluna de 15 anos na manhã de sexta-feira (6) na Escola Estadual Leny Barros, em Assis (SP).
Segundo relato da profissional à polícia, ela estava dando aula e uma aluna estava conversando muito. Por isso, a professora chamou a atenção da adolescente, que decidiu sair da sala. Então, a professora contou que pediu para a estudante voltar para aula, mas a aluna retornou e a agrediu com empurrões, puxões de cabelo e arranhões.
A professora foi levada para a maternidade de Assis e, segundo a polícia, a gestação não foi afetada. O marido da profissional contou à TV TEM que ela está afastada do trabalho e muito abalada.
A professora, que dá aula há mais de 10 anos, também será submetida a um exame de ultrassom para verificar as condições de saúde do bebê.
Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Assis informou que repudia toda e qualquer forma de agressão e violência, principalmente dentro do ambiente escolar. Disse ainda que os responsáveis pela aluna foram convocados e compareceram para uma reunião na escola.
Ainda de acordo com a Secretaria de Educação, o Conselho Tutelar e o Conselho de Escola foram convocados para definir quais medidas serão adotadas, e a Regional informou que presta total apoio à professora. Também informou que a equipe gestora incluirá o acontecimento na Plataforma Conviva (Placon) e intensificará ações com foco na melhoria do clima escolar.
Segundo um levantamento feito pela Globonews via Lei de Acesso à Informação, o número de agressões contra professores nas escolas estaduais de São Paulo cresceu 73% em 2018 em relação a 2017.
Ao todo, foram registradas 434 agressões em 2018. Os dados do ano passado ainda não estão disponíveis.
No ano passado, um outro professor foi agredido no Centro-Oeste Paulista, na Escola Otacílio Sant’anna, em Lins.
O professor de 62 anos ficou com o rosto ensanguentado após ser atingido por socos e um caderno arremessado por um estudante de 14 anos. O profissional teve que ser hospitalizado e levou pontos no rosto.
FONTE: G1