Existem alguns grandes estudos sobre as vacinas que não são mostrados para a população e por isso ficamos no escuro com “informações” desencontradas vindo de todo lugar.
Eu acredito que vacinar os menos nesse momento pode ser um erro, mas reafirmo, vacinas comprovadamente salvam vidas o que não podemos fazer é, ser negligentes e afirmar que, se vacinado, você está 100% imune ao vírus. Especialmente no caso dos idosos.
Informação é poder e eu vou mostrar alguns dados de pesquisas que não foram divulgadas.
A USP – Universidade de São Paulo e a UNESP – Universidade Estadual Paulista fizeram uma pesquisa de 28 de fevereiro a 27 de julho, onde o objeto de estudo foram as pessoas completamente imunizadas, ou seja, tomaram as duas doses da vacina e passou pela janela imunológica, dessas pessoas 28.660 pessoas foram internadas por conta do coronavírus, das pessoas internadas 9.978 vieram a óbito, quase ⅓ das pessoas internadas mas dessas mortes 8.734 tinham mais que 70 anos. Outro fator importante destacar é que nesse período 22.000 pessoas vieram a óbito com a 1ª dose, parcialmente imunizadas.
Mas o que isso significa? Significa que as pessoas ao longo da vida vão perdendo sua janela imunológica e a vacina não tem tanta aderência quanto tem com os mais novos.
Isso demonstra a importância de ao invés de vacinarmos um grupo de faixa etária menor de idade que não tem um risco tão alto percentualmente, poderiam sim, vacinar com a 3ª dose os idosos que têm um risco muito mais elevado.
Outro estudo importante é do Sind Hosp – Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo que mostra que a maioria da ocupação das UTI COVID são de pessoas acima de 70 anos, isso corrobora a necessidade de entregarmos a 3ª dose para as pessoas mais velhas ao invés de focar no grupo mais jovem.
É por conta disso que o Ministério da Saúde anunciou a aplicação de uma terceira dose da vacina, buscando uma forma de reforço à proteção. Segundo o secretário-executivo da pasta, pessoas em condição de imunossupressão (transplantadas, com HIV, neoplasias etc.) deverão tomar o reforço vacinal 28 dias após a data da sua última vacinação, enquanto maiores de 70 anos devem aguardar pelo menos seis meses.
As terceiras doses serão aplicadas de forma preferencial com a vacina da Pfizer, não importando o imunizante recebido anteriormente. Ou seja, quem tomou as duas doses da CoronaVac ou da AstraZeneca deverá tomar a terceira dose da Pfizer. As vacinas de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca também poderão ser aplicadas como alternativa.
Na maior parte do País, a aplicação começa em 15 de setembro. No Estado de São Paulo, ela se inicia no dia 6, como anunciado pelo governo. A cidade de Niterói (RJ) dá início à nova campanha já nesta sexta (27).
“Tradicionalmente, o grupo de idosos maiores de 70 anos e imunossuprimidos possui uma resposta imunológica pior frente ao estímulo de uma vacina, ou seja, não produzem anticorpos na mesma quantidade que outros grupos”, afirma o professor infectologista responsável pelo Laboratório de Reinfecção do Hospital das Clínicas da USP, Max Igor Banks. A decisão considera o reforço vacinal como necessário para uma resposta mais robusta contra casos graves da doença e óbitos.
Informação é poder! Pesquise e se informe, sempre!
Matéria original: A tribuna