Uma equipe da Polícia Militar salvou uma recém-nascida de apenas 20 dias que havia engasgado com o leite materno em Santos, no litoral de São Paulo. A informação foi confirmada ao G1 nesta quarta-feira (11) e, segundo a PM, a bebê já estava desacordada quando foi realizada a ‘manobra de heimlich’ para desengasgo. Ela ficou internada por dois dias, mas já foi liberada e passa bem.
O susto da mãe Andressa da Silva Marino, de 33 anos, começou por volta das 20h, de sexta-feira (6), quando a pequena Hellena Marino Guimarães começou a expelir leite pelo nariz e pela boca, após ter mamado. “Ela começou a ficar sufocada e não tinha por onde respirar. Minha mãe sugou o nariz e boca, para ver se saía, mas ela não voltava ao normal”.
Desesperada, a mãe correu com a criança para uma farmácia próxima de sua casa, mas no local ninguém sabia socorrer. Uma cliente, que estava no estabelecimento, se propôs a ajudar e tentou fazer a ‘manobra de heimlich’, mas não teve sucesso. Então, a mulher se ofereceu junto do marido para levar a mãe e a bebê até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, no entanto, o carro apresentou um defeito, no meio do caminho, na Rua Vereador Álvaro Guimarães.
“Mais a frente, há uma base da PM e eu saí correndo do carro”, conta a mãe. Nesse momento, uma viatura passava pelo local e Andressa abordou os policiais pedindo socorro. “Quando pegamos a bebê, ela já estava desacordada, praticamente falecida. A mãe estava em estado de choque. Começamos a fazer o procedimento de desengasgo e a criança começou a voltar ao estado normal, porém, soltava muita secreção ainda”, relata o soldado Eduardo Peres.
Com isso, o soldado e seu parceiro Israel dos Santos Gonçalves optaram por continuar o procedimento a caminho da UPA. No local, a criança já deu entrada na emergência e os médicos iniciaram o atendimento, conseguindo sugar toda a secreção. Com o risco de ter bronco aspirado o leite, Helena foi encaminhada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa, para ficar em observação, e teve alta na segunda-feira (10) .”Se não fosse o casal e os policiais, eu não sei o que teria acontecido. Eles salvaram a vida da minha filha”.
Após a saída do hospital, a garotinha recebeu a visita de seus heróis. “Eles me ligaram perguntando como ela estava e me pediram para visitá-la. Trouxeram até um presentinho. Foi um susto enorme. Se não fosse isso, não saberíamos que ela tem refluxo e agora tem que ser vigiada 24 horas por dia. Só pode mamar e dormir sentada”, explica Andressa.
O policial Israel disse que no momento da ocorrência, lembrou de sua filha pequena e se colocou no lugar da mãe. “Ela confiou na gente para cuidar da vida da filha dela. Colocou toda a confiança. Esse caso vai ficar na memória”, finaliza.
FONTE: G1