A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (27/7), com apoio da Receita Federal, a Operação RUTA 79, que visa desarticular organização criminosa responsável pelo contrabando de ouro proveniente de garimpos ilegais do Norte do Brasil.
Na ação de hoje, que conta com aproximadamente 120 policiais federais, estão sendo cumpridos 4 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca em apreensão no Rio de Janeiro/RJ, Angra dos Reis/RJ, São Paulo/SP, São Jose do Rio Preto/SP, Piracicaba/SP, Mirassol/SP e Belo Horizonte/MG.
As investigações tiveram início após a prisão de um policial federal, envolvido no esquema, responsável pela passagem ilegal da área pública para a área restrita do aeroporto, viabilizando os crimes de contrabando e descaminho. Durante as investigações foram apreendidos mais de 17 kg de ouro e joias avaliadas em mais de 1 milhão de dólares americanos.
Os investigados fazem uso de mulas, que transportam o ouro até a Itália utilizando-se de documentação ideologicamente falsa de empresas fictícias sediadas no Paraguai. Em seguida, a ORCRIM traz joias adquiridas na Ásia e EUA, utilizando-se também de mulas para introduzi-las de forma clandestina no Brasil.
Estima-se que, entre os anos de 2017 a 2019, a organização criminosa tenha contrabandeado mais de uma tonelada de ouro para a Itália.
Além do crime de organização criminosa (pena de 3 a 8 anos – art. 2º da Lei 12.850, de 2013), apura-se a prática dos crimes de lavagem de dinheiro (pena de 3 a 10 anos – art. 1º da Lei 9.613, de 1998), contrabando (pena de 2 a 5 anos – art. 334-A do Código Penal), descaminho (pena de 1 a 4 anos – art. 334 do Código Penal), receptação qualificada (3 a 8 anos – art. 180, §1º, do Código Penal) e usurpação de bens da União (art. 1 a 5 anos – art. 2º da Lei 8.176, de 1991).
O nome da operação faz menção à rota (ruta em italiano) do ouro. O número 79 faz referência à posição do elemento químico ouro na tabela periódica.
Matéria original: Gazeta Brasil