Santos recebe, a partir desta sexta-feira (22), mais 130 leitos de campanha para atender pacientes com a Covid-19. Eles começam a funcionar no Hospital Vitória, na Vila Belmiro. Ele fica na Rua Rio de Janeiro e será custado pelo Estado em R$ 19 milhões durante o período da pandemia. A verba está incluída no repasse de R$ 30 milhões anunciado no último dia 13 pelo governador João Doria (PSDB).
Dados divulgados nesta quinta-feira (21), pela Prefeitura apontam que a taxa de ocupação dos 210 leitos de UTI disponíveis para adultos está em 77% – na rede privada, a taxa é de 80% e, no Sistema Único de Saúde (SUS), de 73%.
A gestão do Hospital Vitória será compartilhada entre a Prefeitura e a organização social (OS) Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por aditamento do contrato já mantido para o gerenciamento do Complexo Hospitalar dos Estivadores. O valor para o custeio mensal do Vitória será de R$ 4,8 milhões.
O Município também busca recursos do Ministério da Saúde para a operação, segundo a Prefeitura.
Para o funcionamento da unidade, são estimados 510 profissionais, 260 dos quais a serem contratados de forma direta, pela CLT e outros 250 de forma indireta, entre médicos, enfermeiros, nutricionistas, vigilantes e agentes de limpeza.
O Hospital Vitória vai abrigar 130 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Deles, serão 17 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 113 de enfermaria. O edifício foi cedido gratuitamente pela United Health Group Brasil, proprietário da operadora de saúde Amil, com data de validade até 31 de dezembro.
“Se optássemos por construir um hospital deste porte com as mesmas condições ou mesmo montar uma unidade com estruturas provisórias, em ginásios, estádios e outras áreas, o custo aos cofres públicos seria de dez a 30 vezes superior ao investido na adaptação desse prédio. Isso é possível constatarmos pelos investimentos realizados por outros municípios”, afirma o secretário municipal de Saúde, Fábio Ferraz.
As intervenções foram feitas nos oito andares do imóvel, ampliando o número de leitos de 48 para 130. “É quase três vezes mais do que havia antes. Aumentamos a oferta de leitos sob a lógica de um hospital de campanha”, diz Ferraz. Após a pandemia, os aparelhos e leitos adquiridos para equipar a unidade de campanha serão aproveitados em outros equipamentos públicos de saúde.
Além disso, de acordo com a Administração Municipal, foram feitos outros reparos, como revisão da fiação elétrica, instalação de ramais e pintura.
FONTE: A TRIBUNA