Muitas das cidades da Baixada já registraram mais casos de dengue neste início de ano do que em 2020 inteiro
A saúde pública da Baixada Santista tem mais um duro combate pela frente. Além dos casos de coronavírus, que novamente seguem tendência crescente, o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus, vem aumentando o número de doentes na região.
Na semana passada, um morador de São Vicente, de 41 anos, morreu vítima de dengue. A Secretaria da Saúde do município também investiga a morte de uma adolescente de 15 anos pela mesma causa. Na cidade, já foram confirmados 69 casos e 600 suspeitos. Além disso, os registros de chikungunya somente em janeiro já foram maiores do que todo o ano de 2020, saltando de 7 para 38, um aumento de 442%.
Mas não é apenas a cidade vicentina que está em alerta. Guarujá vem liderando os números, com 158 casos nos primeiros dois meses de 2021 contra 393 registrados no ano passado inteiro, ou seja, em dois meses a doença soma 40% do total de casos do ano passado. Outras 49 pessoas tiveram chikungunya, enquanto em 2020 foram 39, aumento de 25%.
No restante da região, os casos de dengue em janeiro e fevereiro foram: 143 em Cubatão; 38 em Praia Grande (contra 29 em 2020 inteiro); 38 em Mongaguá; 24 em Peruíbe; 19 em Itanhaém; 15 em Bertioga; e 11 em Santos. A chikungunya afetou ainda 12 santistas e 3 cubatonenses nos dois primeiros meses deste ano.
As estatísticas são alarmantes, muitas das cidades da Baixada já registraram mais casos de dengue neste início de ano do que em 2020 inteiro e as que ainda não superaram estão rumo a este caminho.
Assim como com a pandemia de coronavírus, não podemos nos descuidar com a epidemia de dengue. Devemos nos atentar aos sintomas (febre alta, manchas na pele, cansaço extremo e dores musculares e articulares) e aos locais que podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, não deixando água parada e tomando cuidado com lixo e outros objetos que possam acumulá-la.
Não apenas o Poder Público deve estar em alerta, mas todos nós, fazendo nossa parte e cuidando da saúde de toda a comunidade.
Colaborar com os agentes de saúde que vistoriam casas em busca de focos da doença e orientam a população também é importante. A recusa de entrada destes profissionais é uma barreira neste combate.
Os agentes estão sempre uniformizados e possuem um crachá de identificação. Em caso de dúvida, o morador pode ligar para a Prefeitura e confirmar se há programação de visita para a sua região. Vamos fazer a nossa parte e vencer mais essa guerra.
Matéria Original: Diário do Litoral