Esses profissionais estão em contato direto e constante com o público
Responsáveis pela segurança, vigilância e policiamento ostensivo de portos públicos, terminais e vias navegáveis, os guardas portuários atuam em ações de controle de acesso (pessoas, veículos e cargo), trânsito interno, prevenção e repressão a ilícitos. São profissionais essenciais no combate ao narcotráfico, crime organizado, contrabando, além da repressão a roubos e furtos de cargos.
Esses profissionais estão em contato direto e constante com o público (inclusive estrangeiro). Era inadmissível que eles estivessem fora do Plano de Imunização dos Agentes de Segurança Pública contra a covid-19, que se iniciou no dia 5 de abril. Além disso, a categoria é integrante operacional do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), o que torna ainda mais inaceitável o fato de não estarem entre os vacinados.
No Estado de São Paulo temos 346 guardas portuários, que atuam nas cidades de Santos e São Sebastião. Cerca de 70 deles, inclusive, realizaram no início do mês uma manifestação em frente à Autoridade Portuária de Santos para reivindicar o seu direito à vacinação, mas não obtiveram uma resposta.
Representantes da categoria então entraram em contato comigo e ainda do dia 6 de abril (mesma data em que ocorreu o protesto) meu gabinete encaminhou um ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) solicitando a inclusão desses profissionais no plano de imunização.
Para nosso contentamento, na semana passada, recebemos a resposta de que eles serão incluídos e, em reunião em que estivemos presentes com representantes da categoria e o comandante do Comando de Policiamento do Interior 6 (CPI-6), responsável pela Baixada Santista e Vale do Ribeira , o coronel Cássio Araújo de Freitas, fomos informados que a vacinação desses profissionais ocorrerá já nesta semana, em dois dias subsequentes que em breve serão divulgados.
É uma pena que o governo do Estado de São Paulo tenha levado tanto tempo para incluir a Guarda Portuária entre os serviços essenciais e que tenha sido necessária nossa atuação e a dos próprios agentes para que isso fosse mudado. Porém, demonstramos efetividade ao conseguir, em menos de um mês, que a decisão fosse alterada.
Seguiremos sempre lutando ao lado dos que auxiliam no crescimento, desenvolvimento e proteção de nossa sociedade. Neste tempo de pandemia, a vacinação é a nossa maior arma contra o vírus e garantir a imunização de profissionais tão importantes para a segurança pública é essencial para sairmos vitoriosos dessa guerra. Podem contar sempre conosco.
Matéria Original: A Tribuna