Estatal baixou o orçamento, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,5 bilhões. São R$ 400 milhões abaixo do previsto para a ponte
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) atualizou o projeto do túnel submerso para ligar as duas margens do Porto de Santos. A estatal baixou o orçamento, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,5 bilhões. São R$ 400 milhões abaixo do previsto para a ponte, defendida pelo Governo do Estado.
As alternativas de ligação seca entre Santos e Guarujá foram discutidas nesta terça-feira (10), em workshop na Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), na Capital.
Comparações
No projeto do estado, a ponte terá 7,5 quilômetros, com início na entrada de Santos, no Km 64 da Via Anchieta, e término perto ao acesso à Ilha Barnabé, na Área Continental de Santos. Seu vão principal contará com 85 metros de altura e 325 metros de largura entre os pilares.
O diretor da Ecovias argumenta que, em estudos, testes com embarcações de até 366 metros de comprimento comprovaram a viabilidade e a segurança do projeto. Prefere a ponte ao túnel porque “a geologia da região é particular e conta com rochas e argila marinha de péssima qualidade”.
Para o diretor da Fiesp e o diretor executivo do Sopesp, a construção da ponte pode atrasar a solução do túnel submerso. O representante da ABTP destaca que a solução deve ser aprovada pelo Conselho de Autoridade Portuária. Ele lembra que o Porto de Antuérpia, na Bélgica, já faz seu quarto túnel submerso.
O projeto da ponte entre Saboó e Ilha Barnabé, na Área Continental santista, é avaliado por autoridades ambientais, mas a comunidade portuária teme impactos ao desenvolvimento e à expansão do complexo.
A ideia é que o túnel submerso tenha cerca de 900 metros e comece na Avenida Perimetral, na região de Outeirinhos, na altura do Armazém 23, e vá até Vicente de Carvalho, em Guarujá. O estudo será enviado à Agência de Transporte do Estado (Artesp).
Para fazer a obra, a Codesp pretende pleitear verba a ser obtida nos leilões de sete terminais portuários. Ainda será preciso investir mais R$ 1 bilhão nas avenidas perimetrais.
Participaram a diretora de Engenharia da Codesp, Jennifer Tsai, o diretor-executivo de Concessões Estaduais da Ecovias, Rui Klein, o presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Clythio van Buggenhout, e o diretor executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins. O mediador foi o diretor do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, Henry Robinson.
Estatal baixou o orçamento, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,5 bilhões. São R$ 400 milhões abaixo do previsto para a ponte