As medidas restritivas tomadas por diversos governadores e prefeitos seguem gerando grandes perdas econômicas. Além disso, 15,2 milhões de desempregados é o atual número divulgado pelo IBGE, que contabiliza perda da força de trabalho nos mais diversos setores incluindo o turismo que foi um dos mais afetados.
Segundo dados da CLIA (Associação Internacional das Empresas de Cruzeiros) registrou em 2020 uma queda de 81 por cento nos embarques de passageiros em 2020, com apenas 5,8 milhões de cruzeiristas embarcados.
No primeiro ano de pandemia (2020) em comparação ao ano anterior, a contribuição para a economia a nível mundial deste setor registrou queda de 64,4 bilhões de dólares (59%). Já em relação as vagas de emprego, ficou registrada diminuição desastrosa de 51%.
E diante disso, o governo federal anunciou em 04 de outubro de 2021 a publicação de uma portaria para a autorização da retomada de cruzeiros. Imediatamente iniciei um intenso trabalho com reuniões e visitas a Brasília para auxiliar na imediata volta dos cruzeiros, além de manifestações em plenário alertando sobre os impactos negativos que a demora na retomada estava causando ao país. Mas mesmo assim, recentemente a ANVISA emitiu nota recomendando o cancelamento de todos os cruzeiros em razão do aumento de casos de COVID-19.
Mas cerca de 70 por cento dos brasileiros já estão vacinados com as duas doses da vacina contra a COVID-19, sérias e rigorosas medidas sanitárias foram adotadas desde o primeiro navio embarcado com passageiros após a retomada das viagens.
Portanto, desde o começo a ciência está sendo seguida. Contaminações seguirão acontecendo pois a vacina não impede o contágio mas sim a diminuição de casos graves da doença.
Inúmeros shows considerados como “esquenta” de carnaval estão sendo realizados em todo o Brasil. Show de artistas já estão levando milhares de foliões às ruas sem quaisquer cuidados semelhantes aos adotados pelas empresas marítimas. Mas até o momento não verifiquei a tal recomendação da ANVISA.
Diante de algo inexplicável, reforço que seguirei trabalhando juntamente ao governo federal para que o quanto antes possamos voltar a impactar a nossa economia com 2,5 bilhões de reais e a volta de 35 mil empregos gerados em todo o Brasil com o setor de cruzeiros. Não podemos sacrificar trabalhadores e o futuro do nosso país em prol de atitudes pouco coerentes com a realidade.
Matéria original: A Tribuna