Acreditamos que esse tipo de gestão vai mudar a realidade da nossa educação
Depois de um intenso trabalho do nosso gabinete, o Estado de São Paulo aderiu ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). O anúncio feito na semana passada é mais um importante passo para melhorar o ensino dos nossos milhões de jovens matriculados na rede estadual.
Nossa luta por uma educação de qualidade começou no meu primeiro dia de mandato, quando propus a Frente Parlamentar Pela Criação das Escolas Militares no Estado. Desde então, conversamos com as prefeituras e com a Secretaria Estadual da Educação para apresentar os benefícios do projeto.
Essas reuniões ao lado do secretário da Educação, Rossieli Soares da Silva, do diretor do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), Gilson Passos, e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, têm dado bons resultados.
Em 2019, o Ministério da Educação (MEC) lançou a primeira portaria, mas São Paulo acabou não aderindo. Quando recebi a notícia, me comuniquei com Brasília e, após uma série de negociações, conseguimos que os municípios participassem do processo de seleção. Em 2020, mesmo com todas as adversidades, continuamos trabalhando e tivemos mais duas conquistas: as escolas Matheus Maylasky, em Sorocaba, e a Professor Jorge Bierrenbach Senra, em São Vicente, foram escolhidas para receber o projeto.
Os professores continuam responsáveis por toda parte educacional e os militares da reserva auxiliam na administração e na parte disciplinar. É comprovado, por meio de pesquisas oficiais, que a gestão cívico-militar traz inúmeros ganhos para o ensino. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelam o salto na qualidade: nas escolas tradicionais a média é de 4,94 e, no novo modelo, chega a 6,99. Outro dado relevante é que das 20 melhores escolas públicas do país, quatro são militares.
A melhoria na qualidade do ensino ofertado aos alunos se traduz em mais respeito e disciplina. As condições de trabalho dos professores e demais profissionais melhora e há uma redução significativa da violência escolar. Todo mundo ganha.
As unidades estaduais que desejarem participar do programa podem procurar a Secretaria da Educação, que ficará responsável pela escolha das unidades. O processo de adesão, segundo o secretário, será anunciado em breve.
Acreditamos que esse tipo de gestão vai mudar a realidade da nossa educação e, por isso, continuaremos trabalhando para espalhar esse modelo para mais regiões do estado. A luta continua.
Tenente Coimbra, deputado estadual
Matéria original: Diário do Litoral