Domingo passado foi um dia de muito valor para o Exército Brasileiro. 24 de maio é conhecido como o Dia da Infantaria, a principal arma dos exércitos. A Infantaria é formada por soldados altamente capacitados, com a característica de combater em todo tipo de solo, se deslocar para os lugares mais remotos (com os meios de transporte adequados) e sob quaisquer condições meteorológicas. Ela é imprescindível em um campo de batalha, no combate a pé.
O infante pode ter especializações das mais diversas: motorizada, blindada, paraquedista, leve (aeromóvel), de selva, de caatinga, de montanha, de guardas e de polícia, cobrindo e protegendo todo o território nacional. Na Amazônia, no sertão nordestino, nos pampas, nas montanhas, no pantanal, nos montes. Não importa o lugar ou a distância, os infantes brasileiros estarão lá, basta que haja uma missão. No campo de guerra, eles são os responsáveis por capturar o inimigo e conquistar terrenos, empregando o fogo, o movimento e a ação de choque.
Somente neste século, a Infantaria brasileira já lutou na Segunda Guerra Mundial; auxiliou na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti; na Jornada Mundial da Juventude, que contou com a presença do papa no país em 2013; na Copa do Mundo de 2014; nas Olimpíadas de 2016; e na intervenção federal no Rio de Janeiro.
Agora, com a pandemia de coronavírus, os soldados também estão ajudando a população em missões humanitárias e de logística; levantando hospitais; distribuindo cestas básicas para famílias carentes; álcool em gel para a população; higienizando vias; conscientizando o povo nas ruas, entre outras ações. Os infantes brasileiros estão sempre presentes, seguindo sua missão de sempre servir e ajudar a sociedade, atuando em todos os tipos de operações.
Nossa inspiração vem do Brigadeiro Antônio Sampaio, conhecido como o “Bravo dos Bravos”, e declarado patrono da Arma de Infantaria, por meio do Decreto nº 51.429, de 13 de março de 1962, como digno reconhecimento do Exército Brasileiro por sua atuação, bravura, patriotismo e dedicação à vida militar.
Sampaio participou de inúmeras batalhas dentro e fora do Brasil, como Cabanagem; Balaiada; Guerra dos Farrapos; Combate à Oribe (Uruguai); Combate à Monte Caseros (Argentina) e a Tomada do Paissandu (Uruguai). Ficou mais reconhecido e ganhou status de herói nacional durante a Guerra da Tríplice Aliança, contra o Paraguai, em 1866. Na maior batalha, a de Tuiuti – com mais de 55 mil homens envolvidos, ele sobreviveu mesmo sofrendo três ferimentos, sendo um por granada (que lhe gangrenou a coxa direita) e os outros dois nas costas. Foi justamente a data do seu aniversário, 24 de maio, adotada como o Dia da Infantaria.
Aproveito a data para parabenizar todos os infantes do Brasil, meus irmãos de arma. É preciso coragem e determinação para fazer parte daquela que é a base dos exércitos. Aprendemos mais do que combater, aprendemos valores que levamos para a vida toda e que aplico até mesmo na minha caminhada política. O Brasil deve estar acima de tudo. Vivemos, morremos, para o Brasil nos consagrar.