Vivemos uma guerra contra um inimigo invisível, que já deixou mais de 11 mil mortos e mais de 163 mil contaminados por um vírus que colocou todo o mundo em alerta. Nessa batalha contra o novo coronavírus, a nossa ciência, medicina e profissionais de saúde contam com um apoio valiosíssimo: o das Forças Armadas do Brasil.
Desde o início da pandemia, homens e mulheres das três forças vêm atuando em inúmeras frentes para ajudar os brasileiros. Como uma das instituições de Estado com maior credibilidade junto à população, e como uma das guardiãs da Constituição Federal, as Forças Armadas cumprem o seu papel de estar ao lado do povo em um dos momentos mais difíceis pelos quais passamos.
A atuação começou antes mesmo do vírus chegar ao Brasil. No dia 5 de fevereiro, duas aeronaves VC-2 decolaram da Base Aérea de Brasília com destino a Wuhan. Estava em curso a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil, que repatriou 34 brasileiros que estavam na cidade onde a epidemia começou. O primeiro caso da doença em terras brasileiras só seria confirmado 21 dias depois, em São Paulo.
No dia 18 de março, o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, colocou o Exército, a Marinha e a Força Aérea à disposição da sociedade brasileira no enfrentamento à doença, acionando um Gabinete de Crise, no Centro de Operações Conjuntas (COC) do Ministério da Defesa.
Desde então, a Operação Covid-19 reuniu, até o momento, mais de 29 mil militares; 1022 viaturas; 102 embarcações e 32 aeronaves das Forças Armadas. Esse contingente atua dia e noite em várias frentes, desde a logística; produção de máscaras e medicamentos; construção de hospitais de campanha e no atendimento aos doentes, disponibilizando seu corpo clínico.
Hospitais de campanha militares foram construídos no Rio de Janeiro, Recife e Campo Grande. Em Boa Vista (RR), as Forças Armadas montaram uma Área de Proteção e Cuidados para atender brasileiros e venezuelanos com suspeita da doença. No Guarujá (SP), um hospital de campanha civil está sendo erguido na Base Aérea de Santos.
Os militares atuam em todas as regiões do Brasil. Em cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Criciúma, Rio Grande (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Valinhos (SP) e Campinas (SP), foram montados Pontos de Triagem na frente dos hospitais, para aumentar a capacidade de atendimento dos profissionais de saúde.
Aeronaves da FAB são usadas para transportar vacinas, respiradores e toneladas de equipamentos de proteção individual e álcool em gel do Ministério da Saúde. Todos os dias, a instituição produz aproximadamente 5 mil máscaras em TNT e FaceShield.
Para atender à crise na saúde pública, as Forças Armadas atuam também na distribuição de água a famílias carentes; doação de sangue; montagem de postos de lavagem de mãos, de postos de vacinação contra a gripe; além de controle e balizamento de trânsito.
Desenvolvem papel importante na remediação da crise humanitária provocada pela pandemia: apoiam no recebimento, organização e estocagem de materiais que serão distribuídos para pessoas em vulnerabilidade social; entregam cestas básicas e kits de higiene e distribuem lanches e marmitas a caminhoneiros, que têm dificuldade para encontrar locais abertos para fazer suas refeições.
Como uma das instituições mais importantes da nação perante os brasileiros, as Forças Armadas deslocam seus militares para irem às ruas conscientizar a população sobre os cuidados necessários no combate à Covid-19 e evitam a formação de aglomerações, solicitando que as pessoas respeitem a quarentena imposta em seus estados. Também desinfetam vias e locais onde há grande circulação de passageiros, como estações de embarque de metrôs e trens, aeroportos e rodoviárias.
Como se vê, os militares seguem à risca a sua função constitucional de manter a ordem e a estabilidade, agindo como uma instituição a serviço do povo e do Estado brasileiro. Em tempos difíceis, o povo brasileiro tem uma certeza: pode contar com o apoio incondicional do Exército, da Marinha e da Aeronáutica!